
A síndrome de burnout é um fenômeno ocupacional, relacionado ao trabalho, caracterizado por três dimensões principais: exaustão emocional, despersonalização e redução da eficácia profissional. A exaustão emocional refere-se ao sentimento de estar sobrecarregado e esgotado emocionalmente devido às demandas do trabalho. A despersonalização envolve uma atitude de distanciamento ou cinismo em relação aos colegas de trabalho ou pacientes, tratando-os de forma impessoal. A redução da eficácia profissional é a sensação de falta de realização ou competência no trabalho.
A síndrome de burnout é particularmente prevalente entre profissionais de saúde, principalmente com aqueles que trabalham em ambientes de cuidados críticos, devido ao estresse contínuo e às altas demandas emocionais e físicas do trabalho.
A avaliação do burnout pode ser auxiliada por meio de instrumentos/escalas, que medem as três dimensões mencionadas. É crucial desenvolver estratégias para prevenir e tratar o burnout, especialmente em ambientes de alta pressão. A gestão do burnout envolve estratégias de enfrentamento ativas que promovem a resiliência mental e o comportamento adaptativo, além de atividades que reduzem o estresse e melhoram as condições de trabalho.
De acordo com a Classificação Internacional de Doenças 11 (CID-11), o burnout é definido como um fenômeno ocupacional, que resulta de estresse crônico no local de trabalho que não foi gerenciado com sucesso.
É importante ressaltar que o burnout é especificamente relacionado ao contexto ocupacional e não deve ser aplicado para descrever experiências em outras áreas da vida. A inclusão do burnout na CID-11 reflete um reconhecimento crescente do impacto do estresse ocupacional na saúde mental. Além disso, o burnout é associado a uma série de consequências adversas para a saúde, incluindo distúrbios do sono, comprometimento cognitivo leve, diabetes e doenças cardiovasculares.