
O tabagismo é uma das principais causas evitáveis de morbidade e mortalidade em todo o mundo, sendo responsável por milhões de mortes anualmente. Nos Estados Unidos, o tabagismo é a principal causa de morte evitável, com implicações significativas para a saúde cardiovascular, incluindo aumento do risco de doença arterial coronariana, acidente vascular cerebral e outras doenças cardiovasculares. A cessação do tabagismo pode reduzir significativamente esses riscos, com benefícios observados em curto prazo, como a diminuição da frequência cardíaca e da pressão arterial, além de melhorias na função endotelial.
O tabagismo é caracterizado como um transtorno crônico de uso de substâncias, sustentado pela dependência física da nicotina e por comportamentos aprendidos. A identificação precoce e o manejo eficaz são cruciais em ambientes de saúde, pois muitos fumantes não param até desenvolverem complicações relacionadas ao tabagismo. A abordagem diagnóstica deve incluir a avaliação do uso de todos os produtos de tabaco, incluindo cigarros, charutos, tabaco sem fumaça e dispositivos eletrônicos de entrega de nicotina (ENDS).
O tratamento do tabagismo envolve uma combinação de farmacoterapia e apoio comportamental, que são mais eficazes quando usados em conjunto. As terapias farmacológicas de primeira linha incluem a terapia de reposição de nicotina (TRN – adesivo), bupropiona e vareniclina, todas aprovadas pela FDA para ajudar na cessação do tabagismo.
Os cigarros eletrônicos, também conhecidos como sistemas eletrônicos de entrega de nicotina (ENDS), são dispositivos que produzem um aerossol inalável ao aquecer um líquido, geralmente composto por nicotina, propilenoglicol, glicerina vegetal e aromatizantes. Esses dispositivos não queimam tabaco, mas sim vaporizam o líquido, o que os diferencia dos cigarros combustíveis tradicionais. Os cigarros eletrônicos têm sido associados a efeitos adversos agudos nos sistemas pulmonar, cardiovascular e imunológico. A epidemia de lesões pulmonares associadas ao uso de produtos de vaping nos Estados Unidos em 2019 destacou os riscos potenciais desses dispositivos.