O transtorno esquizoafetivo é uma condição psiquiátrica bastante complexa que combina características de esquizofrenia e transtornos de humor, como o transtorno bipolar ou a depressão maior. Os sintomas psicóticos, que são típicos da esquizofrenia, incluem alucinações, delírios e discurso desorganizado. Esses sintomas ocorrem simultaneamente com episódios de humor significativos, que podem ser maníacos, depressivos ou ambos. É necessária uma investigação clínica minuciosa para compreender se há, de fato, tal concomitância.
A classificação do transtorno esquizoafetivo tem sido objeto de debate, com algumas visões considerando-o como uma entidade distinta, enquanto outras o veem como uma variante da esquizofrenia ou de um transtorno de humor. No DSM-5, o diagnóstico de transtorno esquizoafetivo requer que os sintomas de um episódio de humor maior estejam presentes durante a maior parte do curso ativo e residual da doença, além de um período de pelo menos duas semanas de sintomas psicóticos sem sintomas proeminentes de humor.
Existem dois subtipos principais do transtorno esquizoafetivo: o tipo bipolar, que inclui episódios maníacos e depressivos, e o tipo depressivo, que inclui apenas episódios depressivos. O tratamento geralmente envolve o uso de antipsicóticos, estabilizadores de humor e/ou antidepressivos, dependendo do subtipo e dos sintomas predominantes. A terapia eletroconvulsiva pode ser considerada em casos refratários.
A condição é mais comum em mulheres e tende a seguir um curso clínico intermediário entre a esquizofrenia e o transtorno bipolar. A alta hereditariedade do transtorno esquizoafetivo também é notável, o que sugere uma base genética significativa.[ A complexidade do transtorno e a sobreposição de sintomas com outras condições psiquiátricas tornam o diagnóstico e o tratamento desafiadores, exigindo uma abordagem cuidadosa e individualizada. Nunca tente fazer seu próprio diagnóstico sozinho.
