
O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é um distúrbio neuropsiquiátrico comum, caracterizado por obsessões e compulsões que causam ansiedade significativa ou sofrimento. As obsessões são pensamentos, imagens ou impulsos intrusivos e indesejados, enquanto as compulsões são ações repetitivas realizadas para aliviar a ansiedade causada pelas obsessões. A prevalência do TOC é de aproximadamente 1% a 3% da população, com início geralmente na adolescência ou início da idade adulta.
O TOC pode levar a comprometimento funcional em várias áreas da vida, incluindo social, acadêmica e familiar, e está frequentemente associado a comorbidades psiquiátricas, como depressão e transtornos de ansiedade.A etiologia do TOC é complexa, envolvendo fatores genéticos e ambientais, além de disfunções em circuitos neurais específicos, como o circuito cortico-estriato-talâmico-cortical.
O tratamento do TOC inclui psicoterapia e farmacoterapia. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) com prevenção de resposta e exposição parece ser a forma mais eficaz de psicoterapia. Os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) são a principal opção farmacológica. Outras classes medicamentosas também são utilizadas como tratamento principal ou como potencializador. Em casos refratários, pode-se considerar a combinação de psicoterapia e farmacoterapia, e, em situações extremas, intervenções neurocirúrgicas.
A identificação precoce e o tratamento adequado são cruciais para melhorar os resultados clínicos e prevenir a deterioração crônica. Ferramentas validadas, como a Yale-Brown Obsessive-Compulsive Scale, são úteis para o diagnóstico e monitoramento da gravidade do TOC.