O transtorno psicótico induzido por substâncias é uma condição secundária que resulta do abuso de drogas, caracterizada por episódios psicóticos que surgem em decorrência do uso de substâncias. Este transtorno é esperado resolver-se após um período de 30 dias de abstinência, mas indivíduos com psicose induzida por substâncias têm maior probabilidade de desenvolver dependência severa, dificultando ainda mais o diagnóstico preciso. A psicose induzida por substâncias compartilha características com os transtornos do espectro da esquizofrenia, e há uma associação significativa com o desenvolvimento de transtornos bipolares ou esquizofrenia em idade mais jovem.
A complexidade diagnóstica do transtorno psicótico induzido por substâncias reside na dificuldade de distinguir entre psicose primária e psicose induzida por substâncias, especialmente quando há comorbidade com transtornos psicóticos primários, como a esquizofrenia. Alguns estudos indicam que cerca de 25% dos indivíduos com psicose induzida por substâncias podem evoluir para esquizofrenia, com taxas de transição variando conforme o tipo de substância, sendo mais altas para cannabis, alucinógenos e anfetaminas.
O tratamento da psicose induzida por substâncias pode ser complexo e envolver a exclusão de emergências médicas, investigação das causas subjacentes e manejo da intoxicação aguda e abstinência, portanto, não tente se diagnosticar sozinho. Alguns antipsicóticos podem ser utilizados a curto prazo, com descontinuação gradual quando o paciente estiver em condição estável. Nunca se medique sem orientação médica. Estratégias de prevenção de recaída, tanto baseadas em medicação quanto não-medicação, são cruciais para o manejo a longo prazo. A avaliação dinâmica e o monitoramento vigilante são essenciais, especialmente em casos de comportamento suicida.
Quanto aos fatores genéticos, há evidências de que o transtorno psicótico induzido por substâncias resulta de uma exposição substancial a drogas em indivíduos com alto risco familiar para abuso de substâncias e risco moderado para psicose.
É crucial não tentar auto diagnosticar ou tratar essas condições sem orientação médica devido à complexidade dos sintomas e à necessidade de um manejo especializado. A falta de tratamento adequado pode levar a desfechos adversos, incluindo a progressão para transtornos mais graves ou o desenvolvimento de dependência severa. A orientação médica é essencial para garantir um diagnóstico preciso e um plano de tratamento eficaz, adaptado às necessidades individuais do paciente
