
O Transtorno Opositor Desafiador (TOD) é um distúrbio de comportamento disruptivo caracterizado por um padrão persistente de humor irritado ou raivoso, comportamento argumentativo ou desafiador, e atitudes vingativas. Este transtorno geralmente se manifesta antes dos 8 anos de idade, mas pode ser diagnosticado tanto em crianças quanto em adultos. A prevalência populacional do TOD é estimada entre 3% a 5%, com uma maior incidência em meninos do que em meninas, especialmente antes da adolescência.
O TOD é frequentemente associado a um ambiente familiar disfuncional, onde fatores como status socioeconômico, conflitos conjugais e interações entre pais e filhos desempenham um papel significativo no desenvolvimento e manutenção dos sintomas. Além disso, o TOD é comumente comórbido com outros transtornos psiquiátricos, como o transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) e transtornos de humor, incluindo ansiedade e depressão.
O tratamento do TOD geralmente envolve intervenções psicossociais, como terapia comportamental para a criança e membros da família, que têm mostrado eficácia na melhoria dos sintomas. Intervenções precoces são recomendadas para prevenir a progressão para transtornos mais graves, como o transtorno de conduta e abuso de substâncias. Embora medicamentos não sejam recomendados como primeira linha direta de tratamento para o TOD, o tratamento de condições comórbidas com medicamentos pode ajudar a melhorar a sintomatologia.
A literatura médica reforça a importância de considerar fatores genéticos e ambientais na etiologia do TOD, bem como a necessidade de intervenções focadas em fatores de risco familiares em múltiplos níveis.