
O transtorno psicótico breve é uma condição psiquiátrica caracterizada por um episódio psicótico de curta duração, geralmente inferior a um mês, que pode incluir delírios, alucinações, discurso desorganizado ou comportamento catatônico. Este transtorno é classificado no DSM-5 e é distinto dos transtornos psicóticos mais duradouros, como a esquizofrenia, devido à sua natureza transitória e à ausência de sintomas persistentes.
A literatura médica indica que é relativamente raro e tende a afetar mais frequentemente mulheres em idade adulta jovem a média. Fatores ambientais, como estresse significativo, podem desempenhar um papel importante no desencadeamento, especialmente em contextos de crise, como observado durante a pandemia de COVID-19. Estudos sugerem que, embora possa ter um desfecho clínico e funcional favorável, há uma taxa significativa de transição para transtornos psicóticos mais duradouros, como a esquizofrenia, em um número considerável de casos.
A estabilidade diagnóstica do transtorno psicótico breve é moderada a baixa, com uma proporção significativa de pacientes evoluindo para outros transtornos psicóticos ao longo do tempo. Fatores como menor presença de alucinações no início e melhor insight parecem estar associados a uma maior estabilidade diagnóstica deste transtorno.
Em resumo, o transtorno psicótico breve é uma condição psicótica transitória que requer monitoramento cuidadoso devido ao risco de evolução para transtornos psicóticos mais persistentes. A compreensão dos fatores de risco e dos preditores de estabilidade diagnóstica é crucial para o manejo clínico eficaz desses pacientes.