Tratamentos

Gaming Disorder – Transtorno do Jogo Eletrônico 

O transtorno do jogo, também conhecido como “gaming disorder” (GD), é uma condição de saúde mental reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no âmbito da Classificação Internacional de Doenças (CID-11) e é caracterizada por um padrão de comportamento de jogo persistente ou recorrente que pode resultar em prejuízos significativos na vida pessoal, familiar, social, educacional, ocupacional ou em outras áreas importantes de funcionamento.

Os critérios diagnósticos para o transtorno do jogo incluem a perda de controle sobre o jogo, a priorização crescente do jogo em detrimento de outras atividades e a continuação ou escalada do jogo apesar da ocorrência de consequências negativas. A prevalência global do transtorno do jogo varia, mas estudos indicam que pode ser comparável a outros transtornos de adição comportamental, como o transtorno obsessivo-compulsivo e algumas adições relacionadas a substâncias.

O transtorno do jogo é frequentemente associado a fatores individuais, como traços de personalidade, motivação, comorbidades psiquiátricas, predisposição genética e processos neurobiológicos, além de fatores ambientais, como influências familiares e culturais. Além disso, o tempo excessivo gasto em jogos, especialmente em gêneros como jogos de RPG online massivos (MMORPGs), pode ser um fator de risco significativo para o desenvolvimento do transtorno.

🔍 Critérios diagnósticos principais (segundo a CID-11):

  1. Perda de controle sobre o início, a frequência, a intensidade, a duração e o término do jogo.
  2. Prioridade crescente dada aos jogos em detrimento de outras atividades importantes, como estudos, trabalho, autocuidado, socialização e sono.
  3. Persistência no comportamento, mesmo diante de impactos negativos significativos na vida pessoal, social, educacional, familiar ou profissional.
  4. O comportamento geralmente está presente por 12 meses ou mais, mas em casos graves, esse tempo pode ser reduzido para confirmar o diagnóstico.

⚠️ Sinais de alerta:

  • Isolamento social e desinteresse por atividades antes prazerosas
  • Irritabilidade, ansiedade ou depressão quando não está jogando
  • Comprometimento no rendimento escolar ou profissional
  • Alterações no sono, alimentação e rotina diária
  • Mentiras recorrentes sobre o tempo de jogo ou tentativas de esconder o hábito

🧠 É importante diferenciar:

Nem todo uso frequente de videogames indica um transtorno. O diagnóstico requer impacto clínico significativo e perda de controle consciente sobre o comportamento. Muitas pessoas jogam por longas horas, mas sem prejuízos à saúde, funcionalidade ou relações sociais. Não tente realizar diagnósticos médicos sozinho, busque um especialista em caso de suspeitas. 

🩺 Tratamento:

A abordagem terapêutica para o transtorno do jogo pode incluir intervenções psicológicas, como a terapia cognitivo-comportamental, e estratégias de prevenção que envolvem a conscientização sobre o uso saudável de jogos e a promoção de hábitos de jogo funcionais. É importante que as intervenções sejam adaptadas às necessidades individuais dos pacientes, considerando os fatores de risco e proteção identificados.

O tratamento costuma envolver:

  • Psicoterapia (com foco em controle de impulsos, manejo da ansiedade, autoestima e reestruturação de rotina)
  • Terapia familiar, especialmente em adolescentes
  • Educação digital saudável e construção de hábitos alternativos
  • Em alguns casos, medicação pode ser indicada, especialmente quando há comorbidades, como TDAH, ansiedade, depressão ou outros transtornos envolvendo impulsos.

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Dr. Hélio Missura

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